segunda-feira, 11 de junho de 2012

Sob o Sol da Toscana em Pisa


Fotos de Ana Laura kosby e Marco Celso Huffell Viola



Ao cruzar a  região da Toscana na Itália  é impossível não associá-la ao romance da norte-americana Frances Mayes- Sob o Sol da Toscana-, poetisa e romancista consagrada, ela em vários livros revela sua profunda paixão por essa região italiana com sua cultura das oliveiras, suas tradições e sua história, além do sol, é lógico, coadjuvante importante  nesse início da primavera.  E se  você segue em direção a Nápoles é provável que passe na estrada ao lado da cidade de Pisa, localizada na Toscana.
É um destino no mínimo curioso, a dúvida de entrar ou não em Pisa significa atraso na chegada em outra cidade do caminho, esta sim destino certo. Mas a curiosidade me acompanha desde que li a primeira vez numa antiga revista Seleções Reader’s Digest  sobre a torre inclinada.
O lugar foi um antigo porto romano, apesar de hoje estar bem distante do litoral. Conta a história  que o próprio São Pedro andou por ali pregando sua boa nova. A cidade não é pequena e neste dia tem uma festa que faz com que o trânsito todo seja alterado e nos obriga a cruzar o Arno duas vezes para conseguir chegar a fortaleza onde está a torre. No caminho vejo a primeira e única citação em toda a Itália contra a Máfia, um enorme cartaz pedindo justiça pelo assassinato de dois juízes.
E lá está ela.



O primeiro problema é estacionar, depois se livrar dos vendedores de óculos e bijouterias, todos africanos que falam uma língua e dialetos completamente desconhecidos. É o primeiro local da Europa que encontramos flanelinhas, porém na idade adulta.
Algumas centenas de pessoas de todas as nacionalidades perambulam por ali, outras deitadas na grama aproveitam o sol e à tarde magnífica que se estende em torno da torre. Outra característica é que a grama é cercada por correntes, o que subentende-se que não se pode transitar, todos absolutamente ignoram tais correntes e deitam-se confortavelmente ao pé da torre inclinada sob o sol da toscana de uma Itália, por si transgressora, não estamos mais na Suiça com certeza!



Alguns painéis explicam porque a torre está assim e os trabalhos feitos para sua recuperação e se você quiser subir, está aberta a visitação até o topo.


 Mas nada disso me atrai para dispensar algum tempo, apenas a contemplação do monumento me parece importante. O mistério de uma construção que através dos séculos vem lutando contra a gravidade parece ser o mais significativo  assim como a  lenda da  loba que alimenta os irmãos Rômulo e Remo, uma outra representação curiosa  junto da torre que nem imagino porque encontra-se ali.
Parti ainda não inteiramente convencido se havia valido a pena entrar na  cidade e não lamentei não ter tirado uma daquelas fotos tradicionais que os turistas fazem  como se estivessem segurando a torre.






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